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Disputado, café faz o preço do expresso aumentar 25%

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O cafezinho está mais caro para o consumidor. Em cafeterias do Centro, a xícara do expresso já custa R$ 2,50, aumento de 25% em relação ao valor cobrado até no último fim de semana. "Não deu para segurar o reajuste devido aos custos", diz João Batista Vilar, de cafeteria na rua São Sebastião.


Segundo o empresário, foi possível segurar os preços durante pouco mais de um ano, mas nos últimos dez meses o preço do café fino vive escalada de aumentos.


O café fino é conhecido por integrar tipos de qualidade, como o arábica, e, para ser matéria-prima das máquinas de expresso, ele precisa oferecer grãos uniformes.


O arábica esbanja valorização. Entre junho e dezembro do ano passado, o preço da saca de 60 quilos ao produtor valorizou 18% nas cotações médias, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. O preço da saca foi para perto de R$ 414, ou R$ 50 acima da cotação da saca seis meses antes.


A alta do arábica é explicada pela baixa oferta de grãos devido a estiagem que castigou os cafezais em 2010.

Prateleiras
Ao contrário dos cafés finos, os de outras variedades, como o conillon, usados no cafezinho de coador, estão com preços em ritmo menor de alta. Entre abril e dezembro do ano passado, o grão, segundo o Cepea, valorizou cerca de 5%.
Além da baixa valorização, o café conillon enfrenta a concorrência de grãos produzidos por outros países, como o Vietnã, o que aumenta a oferta.


Com isso, há menos pressão nos preços de venda nos supermercados. Torrefadoras oferecem o pacote de meio quilo do blendy (mistura) de arábica com conillon a até R$ 3. O valor é bem atrativo em relação aos R$ 2,50 cobrados pela xícara do expresso. "Mas tudo é uma questão de qualidade, ou seja, paga-se mais pelo grão melhor", diz o comerciante João Vilar.


Fonte: Jornal A Cidade

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